segunda-feira, 25 de julho de 2011

Velhice e vida eterna.

Quanto mais velho eu fico mais e mais eu me aproximo da pátria espiritual. Onde de fato eu resido.

Aqui na Terra, por mais interessante que seja, não podemos nos esquecer que tudo é, indiscutivelmente, passageiro.

Portanto, envelhecer para mim não é sinônimo de sofrimento, mas de alegria. Pois é sinal que logo voltarei para a minha verdadeira morada. Não é verdade?

Aliás, envelhecer não é nenhum problema ainda mais quando agente tem uma cabeça boa. Afinal, envelhecer é um processo natural da existência e diga-se de passagem é um momento muito oportuno para revisar as nossas atitudes.

A velhice não me assusta. A decrepitude sim.

Como eu disse envelhecer é um processo natural. No entanto, a decrepitude, que infelizmente é a dura realidade de muitos é um reflexo do auto abandono. A pessoa não fica decrepta por que ficou idosa. Isso é uma grande mentira. A pessoa fica decrepta porque ao longo de sua vida se pendurou nos outros, se colocou em segundo plano, não fez nada por si mesma. Aí sim foi onde ela se estragou.

E provavelmente ela vai chegar do outro lado nas mesmas condições. Não é porque a pessoa morreu que ela vira santo. É mais fácil ela virar alma penada.

Essa terrível crença religiosa de que o sacrifício na Terra nos garante o paraíso no céu não passa de uma grande bobagem.

Se você sofre na Terra vai continuar sofrendo depois da morte. O tempo não opera milagres sem a intervenção do esforço próprio.

O passar dos anos, certamente, nos deixa bem perto da porta do céu. Porém, o trabalho interior que realizamos no dia a dia nos leva para o paraíso!


Carlinhos de Aruanda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário