Não acredito no que vejo diariamente no mundo de vocês.
Gente que vive juntas anos a fio e que não se abraça, que não se beija, que não troca palavras bonitas. Tudo na defeza, verdadeiros prisioneiros da vaidade.
A maioria não passa de defunto vivo.
Não dão uma boa gargalhada, não cantam, não dançam, não trabalham com prazer. Estão quase todos empestiado por dentro.
O sol lhes aquece a pele, mas vocês continuam no frio da indiferença.
O burburinho de gente os convida para o contato fraternal, mas vocês preferem a solidão do perfeccionismo.
A chuva renova constantemente a vida, mas vocês permanacem sempre os mesmos.
O progresso solicita a sua parcela de contribuição, mas vocês se fecham na mesquinhez do egoismo.
Assim não há amor que possa florir no coração seco de vocês.
Só mesmo a dor para quebrar essa concha dura onde vocês vivem confinados e infelizes.
Porque no fundo, meus filhos, por mais que vocês neguem a vida a alma de vocês é como uma borboleta que deseja libertar-se do casulo escuro da ignorância. Pois ela quer voar livre e feliz pelos campos verdejantes da existência!
Carlinhos de Aruanda
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