segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O deserto interior de cada um.


Não tem aquele que ainda não atravessou ou que ainda há de atravessar o seu deserto interior. Pois cedo ou tarde, cada qual a seu tempo, há de fazer a sua travessia.
Eu já fiz e confesso que passar pelo deserto interior não é nada agradável e, por vezes, doloroso.
Lembro-me que ao atravessar meu deserto interior o que mais me incomodava era, sem dúvida, a sensação de vazio.
Meu Deus como era desagradável e doloroso sentir aquele estranho vazio. Por mais que eu estivesse rodeado de amigos sentia-me só e triste.
De certo modo eu até tinha uma vida social intensa e comum a todos os jovens da minha época. No entanto, embora por fora fosse um jovem animado e extrovertido, por dentro, um vazio irritante insistia em estragar os meus dias. 
Porém, nos meados dos anos 80, talvez por inspiração dos anjos, comecei a compreender que eu precisava me amar e me aceitar como eu era e que aquela desagradável sensação de vazio era reflexo da distância em que eu vivia de mim mesmo.
Obviamente, que não melhorei da noite pro dia. Contudo, comecei a apresentar melhoras significativas no decorrer dos dias.
Por isso, vim aqui falar para vocês da importância de amar-se e de aceitar-se. Ninguém pode ser feliz enquanto vive distante de si.
Olha, gente, faz tempo que não sei o que é sentir essa desagradável sensação de vazio interior. Pois eu sei o quanto ela é ruim.
Se você está agora atravessando o seu deserto interior pare por um instante e olhe-se mais com amor. Pois quando nos amamos de verdade todas as dores desaparecem e o deserto interior da lugar a uma nova paisagem onde flores e riachos de águas límpidas formam a estrada que nos conduz a plena felicidade!

Carlinhos de Aruanda

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