sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Não tenha objetivos: tenha propostas.



Não gosto muito da palavra objetivo, pois, geralmente, ela implica em uma única possibilidade de sucesso. Além disso, comumente, a associamos à felicidade. Ou seja, condicionamos a nossa felicidade ao fato de atingirmos nossos objetivos.
Só serei feliz, por exemplo, quando conseguir comprar a casa própria ou quando ver os filhos bem encaminhados na vida.
É claro que poder comprar uma casa própria ou mesmo ver os filhos bem é, sem sombra de dúvida, algo positivo. Nada contra conseguir as coisas boas da vida. Não sejamos hipócritas.
O problema é quando atingir objetivos seja a única razão do nosso existir. Pois quando perdemos o prazer do enquanto a vida se torna a sucessão de longos dias tristes e amargos.
É por essa razão, que não sou fã da palavra objetivo. Pois ela não só limita nossas possibilidades como também nos impede de ser feliz.
Eu prefiro a palavra "proposta", além dela ter uma conotação mais suave não se prende a nenhum determinismo imutável.
Na verdade, a palavra proposta tem um certo quê de processo. E quando lidamos com processo temos a liberdade de interagir e quando não substituí-lo por outro mais condizente  com nossas necessidades atuais.
Além do mais, todo processo é atemporal, ou seja, ele não está preso a um tempo delimitado. Aquilo que não conseguimos hoje podemos conquistar amanhã. Sem contar que o processo nos permiti errar.
Bem diferente do objetivo que sempre carrega sobre o ombro o fardo do perfeccionismo.
E gosto mais da palavra proposta porque ela soa como algo mais humano. Já, no caso da palavra objetivo ela parece soar como uma obrigação que tem que ser atingida a qualquer custo.
Sei que sou chato com as palavras. Mas saber usá-las em seu verdadeiro significado não é só uma questão de empregar bem o português e sim uma questão de ser feliz!

Carlinhos de Aruanda


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