terça-feira, 24 de junho de 2014

O grande Barato.



Certamente, o mundo não vai entender o que acontece comigo e ainda irá me taxar de inconsequente por eu viver e agir desse jeito diferente.
Os caminhos certos me entediam e a certeza do monótono me entristece. 
Aos olhos da sociedade pareço um louco anárquico e debochado. Tudo bem, pois não esquento a cabeça com o que pensa de mim.
Porém, para aqueles que tem a coragem de ir além do convencional a minha conduta será um convite a liberdade e a crença de que na vida podemos ser o que somos sem medos ou censuras.
Pois o que me interessa é o grande barato que se pode sentir quando se tem a coragem de ser si mesmo. De romper com as convenções e de derrubar preconceitos e tabus que tanto aprisionam a alma.
Há tempos em que deixei de acreditar em meias verdades ou em crenças fabricadas. O que me importa agora é a verdade de cada um.
Acredito, sim, em Deus e nos anjos. Mas o Deus que creio não está em nenhuma religião porque, na verdade, ele mora no coração de cada ser vivente. 
E em se tratando de amor o vejo como um sentimento livre e sem regras, pois que ele existe por si só. 
Do mundo em que vivo consigo compreender os loucos e os jovens e sei que no fundo todos eles lutam para preservar o grande barato que não se pode ver com os olhos da mediocridade.
Cara, só quem o sente pode entender as minhas palavras. Talvez quem esteja sofrendo também pode mensurar o que significa este grande barato.
O grande barato está na última onda, no primeiro beijo, num momento de adeus, no sorriso de uma criança, num encontro inesperado com a pessoa amada, na solução de um grande problema, no orgasmo de uma transa, no encontro consigo mesmo ou até mesmo em caminhos tortuosos.
Cara, minha vida só faz sentido quando encontro este grande barato. E quando o encontro eu deixo de ter nome, posição social, títulos para simplesmente ser um ser vivente dentro desse imenso universo onde a minha existência é um cântico divino!

Carlinhos de Aruanda

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