(pintura de Matisse)
Quando, por alguma razão, você não se permiti sentir, de algum modo, você corta o fluxo do seu melhor. Quando isso ocorre, os seus caminhos ficam fechados. Ai, querida, não tem macumba que dê jeito.
E o pior, é que sempre acabamos por cortar o nosso barato, ou seja, por medo do que os outros vão pensar socamos o nosso sentir para dentro; como se ele fosse algo ruim e indesejável.
Mas, ai, eu te pergunto até quando você vai viver assim: se socando, se arrebentando por dentro por causa dos outros? Não está na hora de você enfrentar esse bicho papão e se dar a chance de vir para fora do jeito que é?
O mundo lá fora não vai mudar, as pessoas não vão deixar de se preconceituosa e, por vezes, perversas. Esse é o mundo que você vive e que vai continuar a viver enquanto Deus permitir. Aceite ou não, o mundo lá fora é assim mesmo.
Portanto, com medo ou não, está na hora de você vir para fora e começar a viver a sua vida do jeito que ela é doa a quem doer.
Sei que é difícil. Mas se você quer ser feliz vai ter mesmo que se assumir e se bancar diante da incompreensão humana. Vai ter que romper com muita gente que não te aceita como você é. Não tem outro jeito. A não ser que você prefira viver como um clandestino, uma pessoa de segunda classe. A escolha é sua.
Embora você tenha o direito de escolher como quer viver, posso te falar de própria experiência que viver como um clandestino não tem a menor graça. Afinal, quem se coloca na condição de pessoa de segunda classe acaba recebendo o pior da vida. Pois quem se nega será negado!
Carlinhos de Aruanda
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