sábado, 5 de dezembro de 2015

De frente com a morte.


Eu entendo a morte como um processo natural da vida, o qual, todos, sem exceção, hão de passar um dia. Obviamente, que cada qual a sua maneira e a seu tempo. 
Em se tratando de tempo, quero esclarecer também que não existe um tempo certo ou marcado para morrer. O que há de fato é um tempo estimado de vida sujeito a relativas mudanças na trajetória da encarnação. 
Digamos, por exemplo, que uma pessoa tenha uma estimativa de setenta anos de vida sobre a face da Terra. Tanto ela pode antecipar sua partida ou mesmo adiar dua passagem para o além. Não há um determinismo em relação ao dia da morte.
Outro ponto importante a se comentar sobre a morte, é a crença sobre o que se leva da vida após a morte. A maioria acredita que da vida não se leva nada. Não é verdade. Pois da vida levamos a vida que levamos. Ou seja, podemos até não levar os bens materiais. Mas, certamente, levaremos a habilidade desenvolvida ao lidar com esses bens materiais.
Um empresário, não vai levar para o outro lado da vida a sua empresa e nem a sua conta no banco. Entretanto, há de levar consigo a habilidade empeserial desenvolvida no trato com as questões de sua empresa. Ninguém chega de bolso vazio no além. A não ser que não tenha desenvolvido nem um talento ou aptidão enquanto se econtrava vivo entre os mortais. A cada um segundo sua obra.
E da mesma maneira, levamos para o outro mundo os sentimentos que alimentamos dentro da alma. Se porventura gostamos sinceramente de uma pessoa, esse amor há de continuar conosco no além. Assim também como o ódio.
Na verdade, quase nada muda após a morte a não ser a mudança de dimensão e o abandono do corpo que se transforma em adubo para outras formas de vida. Na vida nada se perde tudo se transforma.
Por essas e outras razões, perdi o medo da morte e hoje em dia a vejo como um importante processo de renovação onde sempre nos renovamos para melhor.
Além domais, independente do modo como vivo, sei que caminho de encontro a minha morte. Morrer não é uma possibilidade, mas um fato imutável. 
E sem falar que a compreensão do verdadeiro sentido da morte é, sem dúvida, um infalível antídoto contra a ansiedade. Pois quando encaramos a morte frente a frente o medo do futuro e os problemas comuns da vida se tornam, de certo modo, insignificantes!

Carlos Lima

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