Vou falar de uma coisa muito simples, porém que resume muito a problemática humana: o medo.
O medo, minha gente, nos amarra a vida de um jeito que nem conseguimos sair do lugar. Ficamos como que paralisados.
Costumo dizer que existem dois tipos de medo: o medo real e o medo imaginário.
O medo real é um reflexo natural do nosso instinto de sobrevivência. Diante de uma situação real de perigo nosso instinto reage com a finalidade de nos defender.
Esse tipo de medo é muito importante e saudável.
Só que não é desse medo que estou tratando aqui. Me refiro ao que chamo de medo imaginário. Este, sem dúvida, é a causa de muitos dos nossos problemas.
No medo imaginário não existe um perigo real, mas sim uma fantasia mental de algo que só existe na cabeça.
Parece simples a explicação, no entanto, na prática, o medo é um grande vilão na vida de muita gente.
Pois, quantas pessoas que não existem por aí que suportam uma vida miserável porque não tem coragem de arriscar. São dominadas pelo dragão do medo.
E sem falar da vaidade que é o pior medo que existe.
Você tem medo do que os outros pensam a seu respeito? Você não faz certas coisas que gosta porque tem medo de dar um fora? Você tem medo de ser diferente?
Tudo isso, minha gente, é sintoma de vaidade que é o medo disfarçado de boa intenção.
Esse medo segura a vida da gente de tal maneira que nos deixa impotentes.
Portanto, é fundamental que façamos uma análise profunda do medo que estamos sentindo.
Será que ele é mesmo um medo real ou não passa de uma fantasia da nossa cabeça?
O medo real é uma sensação que vem de dentro. É como um sinal que nos alerta de um possível perigo.
Já o medo imaginário vem como uma pressão de fora e sempre ataca a região da cabeça.
De qualquer forma é sempre bom estarmos atentos para poder distinguir uma coisa da outra.
Uma dica que nos ajuda a saber a natureza do medo que estamos sentindo é observar o seguinte:
O medo real permanece enquanto existe a possibilidade do perigo evidente.
No caso do medo imaginário ele continua mesmo que tudo esteja bem. Ele funciona como uma espécie de gravação mental que se repete ininterruptamente.
Confrontar esse assunto é, indiscutivelmente, descobrir a diferença de uma vida plena e feliz de uma vidinha presa a fantasmas que vivem a nos assombrar no castelo da mente!
Carlinhos de Aruanda
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