segunda-feira, 27 de maio de 2013

A arte é o portal da espiritualidade.

Cada mensagem que escrevo é como uma tela que acabasse de pintar.
A manifestação da arte pode ser diferente. Porém, a intenção é uma só: exprimir a essência das coisas através da percepção da alma.
Evidente, que em cada trabalho que componho expresso traços de meu temperamento e do meu jeito singular de ser. No entanto, não posso me furtar a registrar tudo aquilo que capto do inconsciente coletivo.
Embora, eu reflita em minha arte o pensamento e a emoção do espírito humano, sinto que, às vezes, minha alma se delata e meus olhos ficam do tamanho do universo.
Nesse momento mágico de criação sinto-me agraciado pela possibilidade de poder perceber realidades além do limitado mundo em que vivo.
Nesse instante compreendo a imensidão infinita que é o universo e como é imensurável o mundo interior.
Tenho a impressão que somos como um poço sem fundo.
Tudo em minha volta se torna pequeno. O cotidiano com seus problemas comuns torna-se uma pálida imagem a distanciar-se como paisagem de beira de estrada.
A sensação que tenho é como se tivesse virado do avesso e o que era pequeno se torna grande.
Gestos sem importância se revelam, nesse sublime instante, como luz ofuscante a decepar a escuridão.
O improvável se torna real e a eternidade, como uma bailarina, dança diante dos meus olhos a revelar-me os segredos do mundo espiritual.
Que momento maravilhoso é este o da criação. Um minuto de inspiração a registrar em minha memória cerebral milênios de anos luz.
Obviamente, que minhas palavras são pobres para descrever a realidade que percebo com os olhos da alma.
Talvez, essa seja a angustia de toda artista, buscar revela ao mundo concreto a estranha realidade da dimensão espiritual que se entrelaça e se mistura no cotidiano.
No fundo todo artista é um profeta a desvendar os mistérios do Criador!

Carlinhos de Aruanda

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