O direito de lembrar-se das vidas passadas é uma conquista que o espírito adquiri conforme o seu nível de amadurecimento espiritual.
Pois as experiências pelas quais passamos ao longo dos milênios ficam como que arquivadas no nosso aparelho mental.
Assim, que oferecemos as condições propícias para entrar em contato com as energias dessas lembranças armazenadas em nosso inconsciente, elas começam a se manifestar espontâneamente.
Reminiscências de um passado distante, surgem em nosso aparelho mental, como lápsos de memórias perdidas no tempo. E quando alcançamos um estágio de evolução maior, elas se revelam como um livro aberto.
O fato é que enquanto o espírito não tem a maturidade suficiente para recepcioná-las, muitas dessas recordações lhes são vetadas para o seu próprio bem.
Sei que tem muitas pessoas que gostariam de saber o que foram e o que fizeram em suas vidas passadas. No entanto, a maioria não suportaria a revelação de fatos onde foram protagonistas de histórias tristes e, por vezes, manchadas pelo sangue de atos vis.
Se mal sabem lidar com situações dessa própria existência, como então, poderão reviver dramas e conflitos de um passado distante?
Por essa razão, Deus, por misericórdia, derramou sobre nós o abençoado manto do esquecimento. Para que possamos, assim, reajustarmos no hoje sem o peso das lembranças dolorosas do ontem!
Carlos Lima
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