Mediunidade não é privilégio, mas compromisso com o seu melhor.

É verdade sim, minha gente, que tenho uma equipe de espíritos que me auxiliam em meus trabalhos.

Mas, isso não é, de modo algum, um privilégio, pois não me favorece em nada.

Pelo contrário, a presença desses espíritos implica em muito trabalho e responsabilidade.

Não é que eu seja ingrato e não reconheça a importância desses amigos desencarnados em minha vida. Não é nada disso.

Quero apenas mostrar pra vocês que se eu não fizer a minha parte não tem espírito algum que posso fazer algo de bom por mim.

Pois, esse mundão de Nosso Senhor, é regido por leis invioláveis que dão a cada um o que cada um merece. 

Tem muito médium por aí que fala, por exemplo, que é filho de Ogum e que com ele ninguém pode.

Que a força da vibração desse Orixá é poderossa, não tenho a menor dúvida, mais daí acreditar na imunidade compulsória sem o esforço próprio é incorrer em ilusão.

Porque se a pessoa não estiver no seu melhor não há força alguma que a defenda das maldades do mundo.   

Eu tenho Ogum de frente, mas quem abre os meus caminhos é a minha força interior, fruto de muito trabalho.

Na verdade, a vibração de Ogum age através de mim. Mas, se eu não colocar as mãos na massa, se eu não praticar as virtudes que aprendo com os meus guias, enfim, se eu não fizer o meu melhor não vou passar de mais um médium charlatão que acredita em sua própria mentira.

A mediunidade é um tesouro incalculável para o auxilio aos necessitados e ferramenta imprescindível para o auto conhecimento. 

No entanto, ela não passa de mera bijuteria sem valor para os que acreditam em privilégios e favorecimentos sem o mérito justo!

Carlinhos de Aruanda

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