Sabe, gente, não sou chegado a este negócio de fazer trabalho para causas impossíveis ou urgentes.
Santo Expedito que me perdoe; mas quando a coisa chega a esse ponto: melhor é ascender uma vela pro santo e esperar que o tempo faça o serviço.
Porque, para mim, uma causa impossível, de uma a outra, ou não é para a pessoa ou ela ainda não está madura o suficiente para merecer o que pede.
Prefiro estender apenas o meu ombro amigo e tentar, se possível, mostrar a ela que o desespero é sempre mau conselheiro e que nada se resolve no calor das emoções.
Além do mais, geralmente, o problema do qual a pessoa tenta de todo jeito se livrar é justamente o que ela mais precisa no momento para crescer.
Não que eu seja indiferente a dor alheia; mas em minha vasta experiência na lida com as questões humanas vi que problemas não passam de desafios necessários ao desenvolvimento espiritual de cada um. Afinal, sem desafios ninguém cresce.
Por essa razão, é que fico com o pé atrás quando alguém me procura pra modo resolver uma causa impossível. Já sei de antemão que ali tem encrenca e das boas.
Como não sou besta já envio o caso para Santo Expedito; pode ser que ele tenha uma solução melhor do que a minha.
Não que eu acredite que exista nesse mundo algum caso sem solução. Nada disso. Pra deus tudo tem saída.
Apenas busco mostrar que a solução já está dentro de cada um; basta apenas que a pessoa se proponha a fazer seu trabalho interior.
Meu lema é ensinar a pessoa pescar e não lhe dá o peixe fritinho na mão!
Carlinhos de Aruanda
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