sábado, 11 de fevereiro de 2012

A importância da manutenção dos nossos estados internos.

A vida é uma dádiva de Deus, mas a sua manutenção é responsabilidade que cada um carrega sobre os próprios ombros.

Muitos espiritualistas e religiosos se preocupam em atingir um estado de consciência de plena felicidade o que, indiscutivelmente, é uma atitude louvável.

Porém, muito mais importante do que atingir esse estado de alma é, sem dúvida, a sua manutenção.

Pois não é novidade para ninguém que a maioria das pessoas vive como numa gangorra emocional. Uma hora estão bem noutra estão depressivas.

Pouquíssimas conseguem ter uma vida emocional estável. Vão de um extremo ao outro num piscar de olhos.

Por essa razão, é imprescindível a manutenção diária dos nossos estados internos. Pois não somos e jamais seremos seres estáticos a gravitar na faixa da impertubalidade. Afinal, não somos de pedra.

Costumo até dizer que ser espiritual não é sublimar os nossos pontos fracos como apregoam alguns espiritualistas. Pois o nosso lado sombra faz parte da nossa natureza íntima e estará conosco por toda a eternidade.

O sentimento de raiva, por exemplo, jamais será extirpado das nossas entranhas. Podemos dar a ele uma nova direção. Transformá-lo em força de domínio.

Mas para que isso ocorra necessário tornar-se-a a manutenção constante desse sentimento em nós. Porque a raiva por si só não é boa e nem ruim. Ela é aquilo que conscientemente fizermos dela.

Evidentemente, todos hão de atingir, em tempo oportuno, esse estado de consciência de plena felicidade. No entanto, em momento algum podemos abrir mão da manutenção dos nossos estados internos.

Pois assim como a semente precisa ser regada diariamente para se transformar na bela flor os nossos sentimentos reclamam também o mesmo tratamento para aflorar com beleza e vigor no imensurável jardim da vida!



 
Carlinhos de Aruanda

Nenhum comentário:

Postar um comentário