Não é pelo simples fato da pessoa morrer que de imediato ela vai recobrar a consciência e, muito menos, vai ter uma vida diferente do que tinha antes.
Nada disso, minha gente.
Quando a pessoa chega aqui, do outro lado da vida, ela vai simplesmente encontrar com o mundo de suas próprias ilusões. Se ela vivia mergulhada no pântano da ignorância encontrará aqui também a continuidade desse mesmo mundo e ainda permanecerá nele por tempo indeterminado até que os primeiros bruchuleios de lucidez nortei-lhe os passos vacilantes.
A evolução não ocorre de improviso.
Portanto, não pensem que ao chegar no plano espiritual o espírito se transforma de súbito num santo ou coisa parecida. Não é assim que acontece, minha gente.
Aliás, é justamente aqui que as dificuldades ganham maiores proporções.
Na matéria, devido a densidade energética do ambiente, os conflitos pessoais ficam como amortecidos.
Porém, assim que o espírito aporta no além, os laços que prendiam seus recalques mentais se afrouxam e a intensidade amplia os pontos fracos, antes negligenciados na escola da vida física.
Por essa razão, sugerimos a todos que iniciem, ai mesmo na matéria, o processo de reeducação do mundo interior para que após a passagem inevitável não virem também mais uma alma penada a vagar a esmo pelo mundo dos espíritos!
Carlinhos de Aruanda
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