Muitas técnicas terapêuticas ficam como confinadas ao terreno da periferia psicológica e não adentram a causa do problema.
Nessa circunstância o terapeuta adota a postura de pai ou mesmo de um amigo mais velho e, com isso, abdica-se da sua verdadeira função que é atuar como profissional da saúde mental.
Não há, nesse caso, uma auscultação do processo, no qual, está envolvido o paciente. E este, por sua vez, se perde num emaranhado de justificativas que, além de não oferecer respostas contudentes, transfere para os outros a responsabilidade de sua própria vida.
A meu ver, a melhor técnica terapêutica é aquela em que as funções ficam muito bem definidas: médico é médico e paciente é paciente.
Não que não deva existir entre ambos uma relação amistosa. No entanto, a terapia em questão, deve estar pautada sempre no equilibrio do bom tratamento e não baseada numa relação excessivamente passional.
O terapeuta que sofre pelo sofrimento do paciente é como alguém que tenta salvar uma pessoa que está se afogando sem ao menos saber nadar!
Carlinhos de Aruanda
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