Gosto muito da cidade do Rio de Janeiro, mas não entendo como os cariocas que fazem apologia ao funk, exaltam a beleza do samba e tem como uma de suas maiores riquezas que é o carnaval estão, não digo todos, fazendo ferrenha campanha para banir do morro o Candomblé?!
Sendo que foi o próprio Candomblé quem por muito tempo ajudou a própria comunidade a sobreviver frente as dificuldades que outrora o Rio enfrentava em seu dia a dia.
Será que alguns cariocas estão querendo voltar a época em que a policia invadia e fechava os terreiros de candomblé?!
Gente, é feio cuspir no prato que comeu.
Digo isto, porque vi publicado em jornal que traficantes do morro estão proibindo a manifestação religiosa dos pais e mães de santo. Em nome de Jesus, não estão permitindo a circulação de pessoas que andam de branco; pois as consideram endemoniadas. Isto, no mínimo, é uma violência contra os princípios espirituais.
Vamos colocar a mão na consciência e refletir um pouco mais sobre essa questão religiosa. Afinal, cada um tem o direito a professar a religião que mais toque seu coração.
Não transforme o evangelho de Jesus em motivo de discórdia e desavença como ocorre em outros países fundamentalistas. Nossa pátria, tem como maior expressão a liberdade de escolher o caminho religioso que bem desejar.
Vejam as guerras que se cometem em nome da religião e quanto sangue é derramado por causa da intolerância religiosa.
Obviamente, que temos sérios problemas sociais; mas no tocante a expressão religiosa somos um povo considerado a Pátria do Evangelho. A nossa mistura de raça e o convívio pacífico entre diversas culturas e credos é o que temos de mais lindo.
Não estou aqui atacando e nem é de minha intenção denegrir a imagem de quem quer que seja. Só não acho certo sufocar a índole religiosa por uma questão preconceituosa.
Aliás, muitos desses traficantes foram assíduos frequentadores de terreiros. Não estou aqui julgando a atitude de ninguém, cada um faz o que achar melhor de sua vida. Mas não posso me calar perante essa situação, que agride em muito, o direito de escolher e de viver a religião que bem quiser.
Nosso país tem espaço para todos: seja evangélico, católico, umbandista, budista, candomblecista, mulcumano não importa; todos são aceitos e bem vindos.
Não se deixem levar por essa corrente de seres ignorantes e preconceituosos que atacam o povo do candomblé.
Lembrem-se do Cristo Redentor que apesar das diferenças religiosas permanece sempre de braços abertos!
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