Ao praticar o bem você tem que sentir-se bem também. Pois fazer bem aos outros e sentir-se mal não é um verdadeiro bem.
Pois o bem faz bem e o mal faz mal.
Fazer um bem que não te faz bem não é um bem de fato; é um mal disfarçado de boa intenção.
Mas como, então, distinguir um verdadeiro bem de um mal camuflado?
Não tem técnica melhor do que observar as sensações que você sente ao praticar o bem ou o que você acha que é o bem.
O bem é tudo aquilo que provoca boas sensações, mesmo que pareça um mal para os olhos alheios; além domais, todo bem sempre concorre para o melhor. O bem real é sempre funcional.
Mandar para aquele lugar quem te enche o saco é um bem real. Não é verdade?
Agora, o falso bem, que é o mal disfarçado de boa intenção, vem sempre acompanhado de uma sensação desagradável que provoca desconforto e dor.
Ter piedade pelos outros, mesmo que seja considerado um bem pela religião, é um falso bem; pois causa dor e não resolve nada. Ou seja, não é funcional.
Fazer tudo pelo outro em nome do amor soa como um grande bem. Mas, na prática, é um mal camuflado. Pois, além de estragar a pessoa amada, ainda nos transforma em capachos dos outros.
Por essa razão, para quem quer praticar e sentir o bem de fato é, imprescindível, estar atento as sensações. Pois só elas podem nos dizer com segurança se o que estamos praticando é um bem real ou um mal disfarçado de boa intenção!
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