Quando criança recebemos a mensagem de que tínhamos que ser bonzinhos com os outros e ainda dividir com eles tudo que era nosso: criança ruim papai do céu não gosta.
Quem entre nós nunca levou um tapinha por não querer dar um pedacinho de doce para o primo chato?!
Com isso fomos recalcando um dos sentimentos mais importantes: o senso territorial.
Aliás, não foi só a educação responsável por essa maldade; a religião, por sua vez, também nos fez um estrago psicológico quando nos dizia que era pecado ser egoísta.
Acontece que o senso territorial é um dos aparelhos sensoriais fundamentais na vida da gente. Pois é ele quem nos dá o senso de direção e ainda nos ajuda a preservar a nossa individualidade.
Porém, os educadores e religiosos nos ensinaram que era errado e pecado ser territorial.
Mas, independente do que esses sistemas sociais nos diziam e continuam a nos dizer; o fato é que somos seres territoriais e que temos, sim, que defender o que é nosso. Nem que para isso usemos de força.
Eu sou territorial assumido e defendo o que é meu com unhas e dentes. Ai de quem tem invadir meu espaço...viro um bicho.
Comigo não tem esse negócio de ser bonzinho e fazer tudo pelo outro; como se ele não tivesse condição de fazer por si mesmo.
Penso que é muito natural que cada um defenda seu território como pode e sabe. Isto não é falta de humanidade mas, sim, de plena consciência que na vida existem limites, os quais, temos que respeitar.
Erga uma cerca para que as pessoas não invadam seu espaço físico e psicológico. Resgate seu senso territorial. Se você não impor limites o povo invade.
Não tenha vergonha de ser egoísta: defenda o que é seu!
Carlinhos de Aruanda
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