Para o espírito que venceu em si mesmo a ignorância, a morte lhe é porta escancarada para a vastidão do universo e ingresso nos reinos felizes.
Todavia, para o espírito que ainda vive acorrentado às algemas da ignorância, a morte lhe é um profundo mergulho no abismo do sofrimento e longo estágio pelas vales das dores.
A morte em si não é boa e nem ruim. Ela é somente um processo natural, pelo qual, todo espírito passa. Mas a natureza de sua passagem depende muito da condição interna de cada um.
Evidente, que para aqueles que foram avessos aos estudos dos fenômenos espirituais e que ainda agravaram suas situações por se deixarem levar pelas ilusões do mundo, a chegada no além, não lhes será nada agradável. Além disso, não terão mais o corpo denso para atenuar os efeitos de seus atos vis. Pois que no mundo dos espíritos aquilo que a pessoa é por dentro se materializa por fora como num passe de mágica.
Entretanto, para aqueles outros que pautaram suas vidas na base do equilíbrio e que ainda foram mansos as recomendações do coração, o além lhes será um convite a paz e ao recomeço de uma nova etapa de estudo e trabalho.
Pois a morte, longe de ser a aniquiladora de sonhos, é apenas companheira fiel a respeitar a condição evolutiva de cada um.
Apesar de sua função regeneradora, ela nos conduz para os braços da verdade e apara a mata da ilusão para que floresça em nós o jardim da Eternidade!
Carlinhos de Aruanda
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