sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Coração rebelde.

Resultado de imagem para imagem mulher se afogando

Até as últimas consequências
Continuação do livro "Coração Rebelde"


A tarde caia lentamente na praia de Copacabana. Pessoas iam e vinham de todos os cantos da cidade. Carlos e Paula conversavam sentados na areia sem que ninguém se desse conta do que estava para acontecer.
-Entenda Paula que não temos mais condições de continuarmos juntos. te respeito e quero o seu bem, mas não dá mais.
Paula permanecia em silêncio. Enquanto Carlos falava, ela se comia em raiva por dentro. Não aceitaria jamais a separação.
-Isso mesmo, Paula. Não aceite de jeito nenhum a separação. -sem perceber, Paula estava sendo influenciada  por Carmem Lucia, um espírito que a acompnhava já há um bom tempo- Ele chega faz promessas de amor e agora quer lhe deixar na mão! Não aceite mesmo e lute com unhas e dentes para conquistá-lo. Afinal, ele é seu.
Sob a inflência de Carmem Lucia, Paula disse em tom de raiva:
-Não adianta Carlos. Não vou desistir de você jamais. Eu te amo e você é meu. E se você me deixar eu.....
-Eu o quê Paula?
Paula não respondeu. Mas deu a entender que faria uma grande besteira. 
Apesar do tom de ameaça, Carlos sabia que não podia ceder as chantagens emocionais que Paula ardilosamente tentava lhe impor. lembrou-se da conversa que tivera com sua protetora espiritual que já tinha deixado bem claro que entrar no jogo dela e adiar a decisão de romper com o namoro só tornaria as coisas piores.
Mesmo sentindo o peito apertado, Carlos não recuou e se colocou com firmeza pondo um fim na relação.
Da expressão de coitadinha que revestia-se para manipular as emoções de Carlos, em frações de segundos, Paula se transformou numa mulher mimada e determinada a ir até as últimas consequências.    
Dominada pelo ódio e sentindo-se rejeitada, Paula descontrolou-se e num impulso saiu correndo em direção ao mar.
Carlos assustado com a atitude repentida dela, tentou chamá-la, gritou pelo seu nome na vã tentativa de impedir que ela fizesse o que ele deduzia que ela faria.
Sem pensar em mais nada, movida por um vazio interior e insulflada pelos pensamentos negativos de Carmem Lucia, Paula entrou nas águas frias do mar de copacabana com a intenção de por cabo a sua vida.
Carlos correu em direção ao mar na intenção de impedir que ela se afogasse. Não queria nada com ela, mas também não desejava seu mal. 
As ondas do mar de copacabana batiam insistentemente no rosto de Paula. Já com água batendo em sua cintura, se entregava sem resistência para os braços da morte.
Despertado por uma voz sem som que o  impelia a correr para o mar, o salva-vida que mantinha guarda na praia, correu num salto para salvar a mulher que estava em condição de perigo.
Acostumado com situações semelhantes, não tardou Paula ser salva a contragosto pelo sal-vidas.
Carlos respirou aliviado sem notar a presença de sua protetora espiritual que alguns minutos atrás tinha intuído o salva-vida a socorrer uma mulher que intentara dar cabo a própria vida.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário