segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Coração rebelde.





"Coração rebelde" (livro que estou escrevendo)
Por Carlos Lima.

 -Carlos, se você não ficar comigo não será feliz com mais ninguém!
 Carlos olhou com seriedade para Paula e lhe disse calmamente, compreendendo a problemática da situação. Sabia ele que sua interlocutora estava errada em seu ponto de vista e que apesar do pouco tempo que a conhecera já notava nela alguns traços de desequilíbrio emocional.
 -Olha, Paula, o amor é um dos setimentos mais nobre que existe. Porém, é necessário saber amar para que ele não se torna numa coisa ruim.
 Paula, dissimulando uma falsa atençã, fingia ouvir as palavras de Carlos. No entanto, sua verdadeira intenção era bem outra. Por dento o sentimento de posse lhe corroia a alma.
 -Não é porque amamos -continuou Carlos- que temos o poder de manipular pessoas e situações a nossa bel prazer. O amor para ser bom tem que ser livre e natural. Você não pode forçar uma pessoa a amá-la de qualquer jeito. Não é assim que o amor funciona.
 Carlos fez uma breve pausa para que Paula compreendesse o que ele queria lhe dizer. Entretando, notava o desinteresse dela em suas palavras. Com voz firme, segurou-lhe o braço e disse com tom enégico:
 -Serei muito franco com você, Paula. Primeiramente quero que fique bem entendido que não sou um objeto em suas mãos e muito menos pertenço à você. E segundo, posso muito bem ser feliz sem você. Não se iluda.
 Paula abaixou a cabeça como se estivesse arrependida de suas atitudes. Só que não estava arrependiada de nada, tudo não passava de mera encenação. No fundo ela acreditava que ele era seu e, certamente, lutaria por ele até as últimas consequências.
 -Vamos embora - disse-lhe ele em tom autoritário- sinto que se continuarmos com essa conversa vamos acabar brigando feio e não é isso que eu quero.
 Antes de partir, Paula parou por um instante e perguntou-lhe subtamente:
 -Carlos, você me ama?
 Carlos balançou a cabeça como se não estivesse acreditando no que ouvira. Fizera de tudo para que ela entendesse que o sentimento de posse não a levaria a lugar nenhum. Porém, suas palavras tinham sido em vão.
 Tinha conhecido Paula num centro espírita onde ele frequentava já algum tempo. No começo ela lhe parece uma pessoa interessante, um tanto estranha, mas chamou-lhe a atenção. Participavam juntos de algumas palestras que o centro promovia.
 Tinha conhecido Paula num centro espírita onde frequentava já algum tempo. No começo ela lhe parecera uma pessoa interessante, um tanto estranha, mas chamou-lhe a atenção. Participavam juntos de algumas palestras que o centro promovia.
 Certo dia, enquanto caminhavam por uma praça bonita e arborizada, Carlos a puxou peça mão e revelou a ela que estava gostando de sua companhia e que também tinha interesse em conhecê-la melhor. Paula ficou contente com a surpreendente revelação. Pois já sentia por ele um certo sentimento que ia além de uma simples amizade. Naquele mesmo dia aconteceu o primeiro beijo.

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