sábado, 10 de dezembro de 2016

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Continuação do capítulo "O oposto de Paula"
Por Carlos Lima.

-Não liga pra ela não, Jasmine -dizia-lhe sempre  Clovis, um amigo que trabalhava junto a ela na mesma loja- Nina age assim porque no fundo queria ser como você.
Clovis era mais que um amigo de trabalho. Na verdade, ele era um confifente fiel, alguém com quem Jasmine se desabafava e divirtia-se bastante.
Logo que começou a trabalhar na loja, de cara Jasmine se simpatizou com Clovis. Além de divertido, ele também era muito inteligente e tinha uma aura radiante. Foi amizade a primeira vista.
Clovis lhe ensinou todo serviço e ainda lhe deu umas dicas de como conquistar as clientes.
-Olha, menina, o segredo de vender bem é cutucar a auto estima das clientes. Quando uma mulher adentra nossa loja, ela não vem apenas para comprar um vestido. No fundo, o que ela quer mesmo, é sentirse bem consigo mesma. Às vezes, nós vendedores, temos que ser também bons terapeutas. 
Jasmine riu da explicação do novo amigo. Sentiu que se daria bem na loja e com a ajuda de Clovis, em pouco tempo se tornaria numa boa vendedora. 
E foi o que aconteceu. Em pouco tempo Jasmine se destacou entre as vendedoras. Além de bonita e simpatica, seguiu a risca as dicas do amigo.
Sempre que possível, assim que encerrava o expediente, iam num barzinho que ficava no centro da cidade. Entre petisco e cervejinha gelada, conversavam animadamente sobre tudo, principalmente, sobre homem.
-Te acho linda, Jasmine. Com essa beleza e essa energia poderosa você deve enlouquecer os homens.
A observação de Clovis desencadeou uma gostosa gargalhada entre ambos. Ainda entre risos, Jasmine respondeu:
-Não posso negar que faço sucesso entre os homens. Tem horas que perco a linha com alguns deles. Ainda mais com aqueles que tentam me controlar. De homem ciumento tô correndo. Deus me livre.
-Voce está certa, amiga. Não tem coisa pior do que gente ciumenta e controladora. Até entendo que uma pitadinha de ciumes faz bem a relação, mas quando se exagera na dose a coisa desanda. 
-Além domais, Clovis, se a gente não colocar rédea o cara monta, abusa e depois joga fora. Mulher que não sabe se colocar sofre demais na relação.
-Sei como é isso menina. A minha vida é lidar com mulher. Além de eu trabalhar numa loja de roupas femininas, também sou médium e trabalho num terreiro.
-Sério?
-Sim. Eu trabalho com a linha de Maria Padilha que é uma pomba gira porreta. Com ela aprendo muito sobre o universo feminino.
-Me conte mais, Clovis, tô curiosa.
-Já vi que você também gosta do babado. -disse-lhe Clovis num tom malicioso.
Jasmine jogou os belos cabelos para o lado e respondeu de imediato:
-Adoro. Confesso que não tenho muito conhecimento sobre o assunto. Mas não posso negar que tenho uma atração especial por esse tema. Tenho uma tia que é umbandista.
-Então, você conhece alguma coisinha a respeito. Aliás, amiga, você tem uma característica que é peculiar entre as pombas giras.
-Me fala, agora tô mais curiosa ainda.
Clovis tomou um gole de cerveja e prosseguiu:
-Assim como as pombas giras, você também é uma mulher muito sensual a sedutora. Com certeza você tem uma auto estima muito boa. Se assim não fosse, não seria essa mulher exuberante que é.
-Verdade, eu gosto muito de mim e procuro me valorizar. Não desço do salto por homem nenhum e priorizo minhas necessidades, ou seja, me coloco em primeiro lugar. 

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