É muito ridículo um ser humano se rastejar por um outro ser humano.
Em nome dessa coisa que a maioria chama de amor muita gente vira capacho do benhê.
Para garantir a relação alguns se tornam escravos e fazem de tudo para atender aos caprichos absurdos do cônjuge.
É um tal de se anular, de se arrebentar por dentro que chega a da nojo.
E o povo ainda acha lindo sofrer por amor. Só que na prática esse amor não passa de um jogo neurótico que leva a degradação humana.
Só o fato de alguém ter que se esquecer, deixar de existir só para viver em função do outro já é terrível.
Ter que suportar o mau humor do benhê só para manter a união é deplorável.
Não é sem razão que o auto abandono se tornou a pior doença do século.
Numa cultura onde é considerado errado pensar em si mesmo só podia acabar, infalivelmente, nessas tragédias passionais.
O que a maioria acredita o que é amor não passa de uma situação aviltante.
Não há nada mais importante do que resgatar a própria dignidade.
Num mundo onde a loucura acompanha a sombra dos nossos passos é fundamental se amparar na inteligência.
Pois com amor não se brinca!
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