quarta-feira, 30 de abril de 2014

Apenas um espiritualista, nada mais que isso.



Tem um lado chato da espiritualidade que é quando passamos acreditar que temos que ser sempre bonzinhos, compreensíveis, pacientes e tolerantes com os outros.
Pois que o verdadeiro espiritualista não sente raiva e está sempre pronto para ajudar o próximo. Quem é espiritualista tem que se solícito e servil a todo momento. Como se o espiritualista não tivesse vida própria.
Não concordo com nada disso e acho até um absurdo pensar assim. Me considero, sim, um espiritualista porque busco viver sob os princípios do meu espírito.
Mas de forma alguma me encaixo dentro desse perfil de espiritualista montado pela mediocridade religiosa.
Gosto até de ajudar as pessoas. Mas tenho minha própria vida para cuidar e dentro de minhas prioridades o meu bem estar vem sempre em primeiro lugar.
Não sou solícito a todo instante e muito menos serviu. Pois acredito que nesse mundo cada um tem a obrigação de cuidar de si mesmo.
Tenho um bom coração, sim, porém minha paciência tem limite e não tolero tudo em nome do amor; quando é preciso sou bem enérgico e não admito abusos. Não tenho nervos de aço.
Se eu disser que não sinto raiva estarei mentindo. Tem horas que minha vontade é socar uma meia dúzia de chatos que me tiram do sério.
Reconheço que a compaixão é uma das virtudes mais importantes, no entanto, nem sempre sou compreensível ainda mais quando a minha pele está em jogo.
Decididamente, não tenho nada a ver com esse esteriótipo religioso que inventaram. Não sou e nunca serei um exemplo de candura.
Mesmo me considerando um espiritualista independente continuo a ser um ser humano que tem qualidades e pontos fracos. A diferença esteja no fato de ser apenas uma pessoa tendente ao bem. Mas longe, muito longe mesmo de ser um santo!

Carlinhos Lima

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