Não estou nem um pouco preocupado em ser considerado um grande espiritualista; me ocupo, sim, em ser simplesmente uma pessoa do bem. Uma pessoa que seja carinhosa, simpática e que tenha o hábito de espalhar gentileza.
Obviamente, que tenho também meus pontos fracos e que não sou poucos. No entanto, para lidar com eles uso de uma ferramenta muito importante que Deus me deu: a contenção.
Veja vem: contenção não é repressão.
Contenção é a arte de conter os impulsos perigosos e dar vazão aos sentimentos bons. Melhor dizendo, contenção é a capacidade de administrar e dosar com inteligência o nosso mundo interior.
Pois do que adianta sair por ai se arvorando de grande espiritualista, vangloriar-se por ser canal de entidades maravilhosas se a vida pessoal está uma porcaria?
Eu, particularmente, recebo comunicações de espíritos incríveis que me ajudam na confecção das mensagens que escrevo.
Mas e daí?! Ser canal desses espíritos me fez realmente uma pessoa melhor?
Não!
Pra ser sincero, ser médium desses espíritos do além só me acrescentou mais responsabilidade e muito trabalho.
O que me fez e está me fazendo melhor é, sem dúvida, o trabalho interior o qual me propus a realizar dentro de mim.
Costumo até dizer que meu trabalho mediúnico consiste em 10% de inspiração e 90% de transpiração.
Essa é a pura verdade, minha gente, ser considerado médium ou espiritualista não passa de mero rótulo sem tanta importância.
O que conta mesmo nessa vida é o que você é por dentro. O resto é ilusão de quem ainda vive preso as aparências de uma vida falsa e vazia!
Carlinhos Lima
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