O espírita de verdade.

Allan Kardec e Chico Xavier

O que é ser espírita?

-Ser espírita, certamente, não é ser santo e nem tão pouco ser a pessoa mais boazinha do mundo.

Ser espírita, em minha concepção, é simplesmente abraçar os princípios esposados por Allan Kardec que tem como base: a crença na reencarnação, na continuidade da vida após a morte, no intercâmbio entre as dimensões física e espiritual e, principalmente, no desenvolvimento humano buscando sempre extrair o melhor de cada um. 

Não que essa visão seja exclusiva do espiritismo; pois a crença na reencarnação e na continuidade da vida é um patrimônio que pertence a toda humanidade. O mérito do espiritismo está em incentivar o estudo organizado e a pesquisa séria.

Aliás, uma pessoa que se diz espírita e não estuda não passa de um embusteiro. Pois que a base do espiritismo é sem dúvida o estudo e a dedicação.

Aliás, não pense que só porque você distribui sopa aos pobres e porque se mata de fazer caridade que pode ser considerado um espírita de fato.

Fazer caridade é um ato nobre que apenas enriquece e alegra o coração, mas que de modo algum nos credencia a ser um grande espírita.

E tem mais: o verdadeiro espirita não é aquele que se enclausura num centro a título de trabalhador do bem e de médium inquestionável. Aliás, tem muito diretor espírita que deveria ser expulso do espiritismo porque distorce a verdadeira mensagem do espiritismo.

Tenho a plena certeza de que a proposta do precursor do espiritismo não era tornar o espiritismo numa ciência de poucos escolhidos e muito menos num mero passa tempo da elite. 

Pois o espiritismo em sua essência é um estudo que abrande a tudo e a todos. O espiritismo é um legado da humanidade e não uma doutrina de arrogantes.

O espírita pode fazer de tudo desde que faça com moderação e respeito tanto a vida como a si mesmo.

O espírita de verdade é uma pessoa tendente ao bem e que apesar de estudar a vida e os fenômeno espíritas jamais se esquece que é: simplesmente gente!

Carlinhos Lima