sexta-feira, 14 de março de 2014

Não risque fósforo em pavio molhado.



Muitas vezes, queremos a todo custo ajudar as pessoas que se encontram em dificuldades.
Embora nos esforcemos bastante notamos que toda nossa dedicação é em vão; pois nosso empenho não surti o menor efeito.
Quando isso acontece o melhor a fazer é entregar a pessoa a sua própria sorte e deixar que o sofrimento faça o serviço.
Primeiro que não temos a responsabilidade de fazer ninguém feliz e segundo cada um tem que aprender a cuidar e a manter o seu próprio bem estar interior.
Não que devemos achar bonito ver o outro se debater em sofrimento. No entanto, temos que reconhecer os nossos limites e não assumir a dor alheia como se fosse a nossa.
Sofrer pelo outro não é prova de humanidade e não torna ninguém melhor.
Além do mais, toda ajuda tem que ter como base o bom senso e ser no mínimo funcional.
Veja bem se você não está se comprometendo com a negatividade dos outros com a desculpa de quem só quer fazer o bem ao próximo.
Será que você não está usando da caridade para se esquivar de suas próprias responsabilidades?
Somos hábeis em mentir para nós mesmos. Portanto, nunca é demais analisar com profundidade as nossas verdadeiras intenções.
Não que seja errado ajudar. Pois a bondade é um tesouro incalculável no banco dos valores humanos.
O problema é quando nos valemos da ajuda ao próximo para fugir dos problemas que não queremos enxergar em nós mesmos.
Também não podemos esquecer que assumir o que é dos outros acaba por incentivar a irresponsabilidade e a preguiça em quem já está fazendo corpo mole.
Por outro lado quem realmente precisa de ajuda sempre faz por onde merecê-la.
Agora, querer ajudar quem não faz outra coisa a não ser lamentar não é inteligente e nem saudável.
Faça o bem, sim, mas olhando a quem; para que o seu bem não seja inútil. Ajudar quem não quer ser ajudado é como riscar um fósforo em pavio molhado!

Carlinhos Lima  

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